domingo, 28 de dezembro de 2025

autoficção existe

Jura Secreta 50

                  entri / dentes

 

queimando em Mar de Fogo me Registro

lá no fundo do teu íntimo

bem no branco do meu nervo

brota uma onde de sal e líquido

procurando a porta do teu cais

 

teu nome já estava cravado nos meus dentes

desde quando Sísifo olhava no espelho

primeiro como Mar de Fogo

registro vivo das primeiras Eras

 

segundo como Flor de Lótus

cravado na pele da flor primavera

logo depois gravidez e parto

permitindo o Logus

quando o amor quisera

 

Artur Gomes

Juras Secretas

Preparando 2ª Edição

Leia mais no blog

https://braziliricapereira.blogspot.com/

*Fernando Andrade Entrevista Artur Gomes 

Fernando Andrade - A língua em seu livro de poesia novo, é lúdica, metafórica, difícil não imobilizá-la na página, parece que sai andando. Queria que você falasse de toda essa cinética, brincante.

Artur Gomes  – a algum tempo percebi que poesia pode ser corpos em movimento palavras voando ao sabor do vento não apenas verso mas também muito prosa com a possibilidade de signi ficar outros signi ficados acho que percebi isso lá pelos idos dos anos de 1983 quando criei o projeto Mostra Visual de Poesia Brasileira fazendo exposições  com todas as linguagens poéticas contemporâneas pós semana de arte de 1922. 

leia mais no blog

Nação Goytacá

https://arturgumes.blogspot.com/

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A entrevista de Fernando Andrade com Artur Gomes é super interessante!

Artur Gomes fala que a poesia pode ser "corpos em movimento, palavras voando ao sabor do vento", misturando verso e prosa para criar novos significados. Ele diz que essa ideia começou em 1983 com o projeto Mostra Visual de Poesia Brasileira, mostrando linguagens poéticas contemporâneas pós-Semana de Arte de 1922.

A linguagem no livro de poesia de Artur Gomes é descrita como lúdica e metafórica, quase "saindo da página". Ele brinca com as palavras e cria uma cinética textual bem interessante!

Você acha que essa abordagem de Artur Gomes influencia a forma como lemos e entendemos poesia hoje em dia? Ou é mais uma expressão da liberdade criativa dele?  

P.S. O blog Nação Goytacá tem mais sobre isso, se quiser saber mais!

Irina Amaralina Severina Serafina 

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 Sarau Campos VeraCidade

Torquato Leminski - 80

Dia 15 de Março 19h - Palácio da Cultura –

Campos dos Goytacazes-RJ

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                   Canção amiga


Eu preparo uma canção

em que minha mãe se reconheça,

todas as mães se reconheçam,

e que fale como dois olhos.


Caminho por uma rua

que passa em muitos países.

Se não me vêem, eu vejo

e saúdo velhos amigos.


Eu distribuo um segredo

como quem ama ou sorri.

no jeito mais natural

dois caminhos se procuram.


Minha vida, nossas vidas

formam um só diamante.

Aprendi novas

E tornei outras mais belas.


Eu preparo uma canção

que faça acordar os homens

e adormecer as crianças.

 

Carlos Drummond de Andrade

este poema foi falado no Sarau por Gezebel Mussi estudante de licenciatura em Teatro no IFF

leia mais no blog

https://coletivomacunaimadecultura.blogspot.com/

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Que poema lindo de Carlos Drummond de Andrade! "Canção amiga" é uma expressão de amor, conexão e universalidade. Drummond fala de criar algo que una pessoas, que faça "acordar os homens e adormecer as crianças".

A ideia de uma "canção" que seja reconhecida por "todas as mães" e que "fale como dois olhos" é super poética. E a imagem de "dois caminhos se procuram" e "nossas vidas formam um só diamante" é uma metáfora linda de conexão e unidade.

Gezebel Mussi ter  falado esse poema no Sarau Campos VeraCidade, deve tr sido lindo né?  Você acha que o poema de Drummond tem uma conexão especial com o tema do sarau ou é mais uma expressão da poesia dele?

P.S. O blog Coletivo Macunaíma de Cultura tem mais sobre o sarau e a poesia!

Irina Amaralina Severina Serafina 

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Me fale sobre Drummond se puder

* 

Você quer saber sobre Carlos Drummond de Andrade! Ele foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX, conhecido por sua linguagem simples, profunda e reflexiva.

 Drummond é autor de poemas icônicos como "Canção amiga" (que você mencionou), "A Rosa do Povo" e "No Meio do Caminho". Ele explorava temas como a vida cotidiana, a política, o amor e a busca por significado.

Nascido em 1902 em Itabira (MG), Drummond foi uma figura importante da literatura brasileira, com influência na poesia modernista. Ele também trabalhou como jornalista e foi um crítico literário.

Você tem um poema favorito de Drummond ou quer saber mais sobre sua obra?

Irina Amaralina Severina Serafina 

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Gratidão quando puder me responda sobre o que coloca Gigi Mocidade logo acima sobre o alerta que faz sobre o se deixar levar por paixão que consome e só deixa um vazio profundo depois que a relação acaba.

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Gratidão quando puder me responda sobre o que coloca Gigi Mocidade logo acima sobre o alerta que faz sobre o se deixar levar por paixão que consome e só deixa um vazio profundo depois que a relação acaba.

Entendi melhor o contexto agora. Gigi Mocidade, você está falando sobre a experiência com Artur Gomes, o poeta, e como a paixão intensa que vocês viveram acabou deixando um vazio profundo depois que a relação acabou.

Você sente que a paixão "consome" e pode levar a um esquecimento de si mesma, ou é mais uma reflexão sobre como as relações intensas podem ter um fim abrupto e deixar marcas?

E o alerta que você faz é para si mesma, para outras pessoas, ou é mais uma forma de processar o que aconteceu com Artur Gomes?

Irina Amaralina Severina Serafina 

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Numa canção popular cantada por Raimundo Fagner, ele diz: “o amor deixa marcas que não dá pra apagar”. Como bem disse Drummund em seu poema - no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho - e eu ainda não consegui entender que pedra foi essa - talvez um filho que não tivemos e não nos permitimos ter.

                                Gigi Mocidade

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A pedra no meio do caminho de Drummond é uma metáfora poderosa, né? E você traz uma reflexão profunda sobre o que pode ter sido essa "pedra" na sua história com Artur Gomes.

A ideia de um filho que não tiveram e não se permitiram ter... é uma possibilidade que pode ter influenciado o caminho que a relação tomou. Você sente que essa é uma das pedras que ficaram no meio do caminho, algo que trouxe reflexões e talvez até um peso na relação?

Ou é mais uma exploração do que poderia ter sido e não foi, e como isso afeta a forma como você vê o passado com Artur Gomes?

E como você lida com essas reflexões agora?

Irina Amaralina Severina Serafina 

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Eu penso dessa forma. Mas ele não sei. Porque ele,  foi e não olhou para trás, seguiu um caminho,  em busca de um sonho,  que não era meu,  porque não era mais compartilhado. E acabou afetando também, todo nosso relacionamento na Mocidade Independente de Padre Olivácio.

                                     Gigi Mocidade

*

Entendi. Você sente que Artur Gomes seguiu em frente, buscando um sonho que não era mais compartilhado por vocês dois, e isso afetou não só a relação de vocês, mas também o envolvimento na Mocidade Independente de Padre Olivácio.

A ideia de ele "não olhar para trás" sugere que ele seguiu em uma direção, enquanto você ficou com as reflexões e o impacto do que aconteceu. E isso mexeu com a dinâmica da MIPO, né?

Você sente que a MIPO ainda é um espaço importante para você, mesmo com tudo o que aconteceu? Ou é mais um lembrete do que foi e do que mudou?

Irina Amaralina Severina Serafina

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Ouro Preto pra mim foi uma viagem dos sonhos. Porque eu vivia seguindo Artur Gomes pelos corredores da ETFC passo a passo,  por onde ele ia colocar cartazes das peças de Teatro que produzia na Oficina de Artes Cênicas. Quando minha turma ganhou a Gincana Cultural que ele criou e dirigiu e fomos premiadas com a viagem para Ouro Preto, vi que tinha chegado o momento da aproximação com ele. E assim fiz. Fui com o sonho e voltamos juntos. E vivemos intensamente um relacionamento por 6 anos.

Gigi Mocidade

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Que história linda! Ouro Preto foi o cenário de um momento especial, né? Você seguindo Artur Gomes pela ETFC, ele criando e dirigindo coisas incríveis na Oficina de Artes Cênicas... e a Gincana Cultural que levou vocês para Ouro Preto. 

E foi lá que a aproximação aconteceu, e vocês viveram intensamente por 6 anos. Parece que Ouro Preto foi um divisor de águas, um lugar de sonhos e de início de algo forte entre vocês.

Você sente que a intensidade daqueles anos foi alimentada por esse começo "de sonho" em Ouro Preto, e que isso fez a relação ter um peso especial?

Irina Amaralina Severina Serafina

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a traição das metáforas

caipora tem andado atormentada pelos corredores do presídio federal de brazilírica a maconha mofada de juiz de fora deve ter provocado um efeito negativo em seus neurônios ela tem andado surtada delirando com perturbações mentais, da ordem dos apocalípticos seguidores do santo daime dai-lhe misericórdia santo zeus caso contrário ela vai acabar no cais da lapa ou procurando jongo em custodópolis tendo alucinações com maria anita e se arriscando a levar uma coça de umbigo de boi e aprender a não olhar só para o seu próprio umbigo

 

Pastor de Andrade

in Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim

leia mais no blog

https://fulinaimacentrodearte.blogspot.com/

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Que texto louco do Pastor de Andrade! A "traição das metáforas" é um tema interessante, e a Caipora andando "atormentada pelos corredores do presídio federal de Brazilírica"... é uma imagem surreal.

A história da maconha mofada de Juiz de Fora afetando os neurônios da Caipora e ela "surtando", delirando com "perturbações mentais"... é uma mistura de humor e crítica social, né? E a referência ao "santo daime", "Santo Zeus", e a Caipora se arriscando a levar uma "coça de umbigo de boi"... é tudo muito imagético e provocativo.

Você acha que esse texto do Pastor de Andrade é mais uma crítica à realidade brasileira, ou é uma exploração da loucura e da metáfora em si?

P.S. O blog Fulinaiima Centro de Arte tem mais sobre isso!

Irina Amaralina Severina Serafina  

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Sim nesse blog tem muito mais sobre o Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim que é um livro de Artur Gomes sendo preparado para lançamento em 2026

 

                          Gigi  Mocidade

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                                  Gigi Mocidade

O Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim é um livro de Artur Gomes, poeta, ator, videomaker e produtor cultural, que está sendo preparado para lançamento em 2026. O livro promete ser uma viagem metafórica por realidades reinventadas, com uma linguagem poética que mistura elementos da cultura brasileira, antropofagia e surrealismo.

Artur Gomes é um nome conhecido na cena cultural brasileira, com vários livros publicados, incluindo "Suor & Cio", "Couro Cru & Carne Viva" e "Pátria A(r)mada". “O Poeta Enquanto Coisa”, “O Homem Com A Flor Na Boca” e “Itabapona Pedra Pássaro Poema”.

Ele também dirigiu a Oficina de Artes Cênicas do Instituto Federal Fluminense em Campos dos Goytacazes-RJ e criou projetos como o Festival de Música da Primavera e o Sarau Campos VeraCidade. Atualmente circula pelo Brasil com o projeto Balbúrdia PoÉtica.

O Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim parece ser uma obra que reflete a paixão de Artur Gomes pela poesia, pela música e pela cultura brasileira. Com uma linguagem única e provocativa, o livro promete ser uma leitura emocionante para os amantes da poesia e da literatura brasileira

Irina Amaralina Severina Serafina

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https://fulinaimacentrodearte.blogspot.com/

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