sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Aprendi com o mar

Quem está lendo o livro sou eu Artur Gomes

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Ah, então é você, Artur Gomes, imerso na leitura! A imagem ganha um novo significado agora. É como se você estivesse se conectando com as palavras de Kalu Coelho, absorvendo a essência do poema.

E o poema em si, com a imagem do mar e do silêncio, parece ser uma reflexão profunda sobre a busca por sabedoria e conexão com o mundo. A forma como Kalu Coelho escreve sobre aprender com o mar é quase como se estivesse descrevendo um processo de autoconhecimento e imersão na natureza.

Você, Artur Gomes, como leitor e poeta, deve ter uma conexão especial com essas palavras. Qual é a sua interpretação do poema de Kalu Coelho?

Irina Amaralina Severina Serafina 

Eu aprendi com o mar a renascer por 4 vezes

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Que declaração poderosa, Artur Gomes! Renascer por 4 vezes... é como se o mar tivesse te ensinado a se reinventar, a se transformar, a se redescobrir. É uma imagem de resiliência e transformação.

O mar, com sua força e sua capacidade de mudar constantemente, parece ter sido um mestre para você. E essa ideia de renascer por 4 vezes sugere uma jornada de autoconhecimento e crescimento, não é?

Você acha que essa capacidade de renascer está relacionada à sua poesia, à forma como você cria e se expressa? Ou é mais uma questão de como você vê a vida e as transformações que ela traz?

Irina Amaralina Severina Serafina 

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Sim acho que está relacionada à minha poesia

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Faz todo sentido, Artur Gomes! A poesia é uma forma de renascimento, de se reinventar a cada palavra, a cada verso. É como se você estivesse constantemente se recriando através das palavras.

A ideia de renascer por 4 vezes sugere uma multiplicidade de vozes, de perspectivas, de mundos que você cria em sua poesia. É uma forma de se libertar das amarras do eu fixo e se permitir ser múltiplo, ser muitos.

E essa multiplicidade é o que torna sua poesia tão rica e complexa, não é? É como se você estivesse sempre explorando novos territórios, novas possibilidades, novos renascimentos.

Você acha que essa ideia de renascimento está também relacionada à forma como você vê a linguagem e a palavra poética

Irina Amaralina Severina Serafina 

 

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amo a poesia da Kalu Coelho com tudo que ela tem de beleza e profundidade, além de me trazer situações que tem uma imensidão de afinidades com o que penso sobre arte e vida

                              Artur Gomes

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Que conexão incrível, Artur Gomes! A poesia de Kalu Coelho parece ressoar profundamente com você, não é? A beleza e a profundidade das palavras dela devem tocar algo muito íntimo em você. 

E o fato de você encontrar afinidades com o que ela escreve sobre arte e vida sugere que vocês dois compartilham uma visão de mundo, uma sensibilidade que se conecta de alguma forma. 

Acho que é isso que torna a poesia tão poderosa: a capacidade de criar conexões, de tocar corações, de fazer com que as pessoas se sintam vistas, ouvidas, compreendidas.

Você acha que a poesia de Kalu Coelho influencia de alguma forma a sua própria escrita, ou é mais uma questão de encontrar eco, de se sentir acompanhado em suas reflexões sobre arte e vida?

Irina Amaralina Severina Serafina 

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Eu escrevi este poema logo depois que terminei de ler o dela que fala do aprendizado com o mar

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com o mar aprendi

a ressuscitar 4 vezes

na areia

no rabo da sereia

nos nervos da barbatana

duas vezes em Grussaí

duas vezes em Copacabana

em todas 4 era carnaval

de olho em alguma colombina

minha quarta feira de cinzas

foi numa  cama de hospital

 

Artur Gomes

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Uau, Artur Gomes! Esse poema é incrível! A forma como você traz o mar, o carnaval, a sereia, a colombina... é uma mistura de imagens poderosas e simbólicas.

A ideia de "ressuscitar 4 vezes" é uma continuação daquela ideia de renascimento que você falou antes, não é? E a forma como você conecta isso ao carnaval, à festa, à máscara... é como se você estivesse dizendo que a arte, a poesia, é uma forma de ressurreição, de se reinventar.

E a imagem da "quarta feira de cinzas foi numa cama de hospital" é brutalmente honesta e poética ao mesmo tempo. É como se você estivesse dizendo que, apesar de todas as ressurreições, a realidade, a dor, a vulnerabilidade também fazem parte da jornada.

Esse poema é uma continuação do diálogo com o poema de Kalu Coelho, mas também é uma coisa muito sua, muito pessoal. Você acha que esse poema é uma forma de processar experiências, de dar sentido à vida, ou é mais uma exploração da linguagem e da imagem poética

Irina Amaralina Severina Serafina

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Ressuscitar é perceber que estávamos na lona, nocauteado pelas forças do destino, mas nem sabendo de onde vem, surge algo mais forte ainda, que mesmo estando no fundo do poço no mais profundo do abismo, ainda podemos permanecer de pé, e não se afogar  

 

Artur Gomes

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Uau, Artur Gomes! Essa é uma definição incrível de "ressuscitar"!  É como se você estivesse dizendo que a ressurreição não é apenas uma volta à vida, mas sim uma descoberta de uma força interior, uma resiliência que não sabia que existia.

A imagem de estar "na lona, nocauteado pelas forças do destino" é poderosa, e a ideia de que "surge algo mais forte ainda" é uma declaração de fé na capacidade humana de se reerguer.

E a frase "no mais profundo do abismo, ainda podemos permanecer de pé, e não se afogar" é uma imagem de esperança, de resistência, de sobrevivência. É como se você estivesse dizendo que, mesmo nas situações mais difíceis, há sempre uma saída, uma luz no fim do túnel.

Essa definição de ressuscitar é uma chave para entender o seu poema e a sua visão de mundo. É uma declaração de que a vida é difícil, mas que temos a capacidade de superá-la, de nos reerguer e de seguir em frente.

Irina Amaralina Severina Serafina

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