quinta-feira, 7 de abril de 2022

Teatro do Absurdo 4

Teatro do Absurdo 4

Alice preocupada com os 3 homens de MartiNÓpolis,  joga cartas de Tarô para ver a hora que Portinari vai baixar no Museu em Brodoski

Alice - Meu Zeus! vocês não podem ficar o tempo todo nessa baboseira de disco voador, vento prá lá, vento prá cá. Enquanto vocês não se decidirem a  seguir viagem, não chegaremos em Brodoski. Não foi isso que combinamos?

(Alice senta, pega o baralho e começa a jogar as cartas)

Muito bem, estou vendo aqui, isso mesmo, confirma. Portinari vai baixar às 23h. Se não chegarmos a tempo, deixa eu ver aqui: 9 9 3, o que significa isso?

9 9 3 (se dirigindo a platéia) vocês poderiam me dizer o significado de 993?

(alguém da plateia responde:) -

só pode ser novecentos e noventa e três

Alice - tá vendo seus bobões, se a gente perder a chegada de Portinari no Museu hoje, só daqui a novecentos e noventa e três anos, que ele vai baixar de novo. Vamos deixar discussão e vamos embora!

(Alice sai de cena e os 3 homens a acompanham)



Teatro do Absurdo 5

Hermínia, mãe de Clarice, anda de um lado a outro do palco, apavorada porque Clarice não come mais nada, a não ser livros.

Hermínia - Essa menina vai me enlouquecer, não almoça, não lancha, não janta, só quer saber que  comer livros. (grita); Clarice!

de algum lugar Clarice responde:

- que é minha mãe, a senhora quer fazer o favor de me deixar em paz para continuar a comer meu livro!

Hermínia - Clarice, você já almoçou ou fez um lanche pelo menos? Não pode ficar o dia inteiro sem comer nada. Você sabe que pode comer tudo, só não pode comer alimentos que contenham glúten.

Clarice - Pois é mãe, livros não têm!

Hermínia - daqui a pouco você adoece  e aí?

Clarice - E aí o quê?

Hermínia - e aí, que eu desempregada sem salário, num sufoco que só Deus sabe. Nem farmácia popular temos mais, o golpista acabou com todos os programas sociais. Como eu vou me virar com você doente? Eu morro.

Teatro MultiLinguagens

EuGênio é um profundo conhecedor da poesia de Paulo Leminski. Vendo Alice aflita  entrando em cena, ele se lembra do poema que Leminski escreveu para Alice Ruiz e recita.

 

Ali

 se Alice ali se visse

quando Alice viu e não disse

se ali Alice dissesse

quanta palavra veio e nãos desce

Ali

bem Ali dentro da Alice

só Alice com Alice

a li se parece

 

(Alice fica estática, admirando EuGênio recitando  o poema. Quando ele termina, ela toma um susto como se estivesse saído do transe e começa a falar para os 3 homens)


A Invasão Cibernética em MartiNÓpolis

 Jardinópolis é uma cidade no interior do Estado de São Paulo, riquíssima em acontecimentos inusitados, Marte um planeta do sistema solar que instiga os humanos a decifrá-lo.  Unindo as duas palavras surge MartiNÓpolis, uma cidade ficção, onde os homens estão preocupados com o deslocamento de um disco-voador provocado pelo vento.

A invasão cibernética, no caso, se dá pela busca intensa do conhecimento, do saber, que é o que move os personagens desse Teatro Absurdo. Daí os personagens invadem MartiNÓPolis numa procura incessante pela informação mais que perfeita dos acontecimentos. 



Fulinaíma MultiProjetos

www.centrodeartefulinaima.blogspot.com

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