Teatro
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cena onde 4 mulheres Jardinopolenses discutem a
razão da sua cidade inspirar uma peça de Teatro
Alê - Eu poderia
imaginar tudo, pensar tudo, mas nunca pensei que JardiNòpolis pudesse inspirar
alguém a escrever uma peça de teatro sobre ela.
Alê - Eu poderia imaginar tudo,
pensar tudo, mas nunca pensei que JardiNòpolis pudesse inspirar alguém a
escrever uma peça de teatro sobre ela.
Mônica -
mas motivos tem de sobre né Alê?, só as peripécias de Newton Reis já seria
motivo para uma grande trama teatral, fora aquele crucifixo de tacos na parede
do bar do Chico.
Juliana
- nunca vi, mas dizem que era para esconder a maconha que fica ali atrás, da
fiação desencapada, por isso a polícia nunca teve coragem de meter a mão para
investigar.
Carol - Piada! o
Chico era maluco, mas nem tanto.
Alê - mas foi lá
que Newton Reis contou para Federico Baudelaire e Ricardo Lima, o porque da construção do
disco voador
Mônica - Bebendo
cachaça, comendo lingüiça e lendo Augusto dos Anjos. Elias Jabur, mesmo sendo o
grande opositor de Newton Reis na cidade, o admirava por essas esquisitices.
Juliana - Mas quem
diria que isto um dia estaria em alguma pela de Teatro
Carol -
mas quem conhece, pelo menos um pouco e já leu Federico Baudelaire, não se
surpreende
Alê - mas eu nunca
li
Mônica - por isso a
sua surpresa
Juliana - e além do
mais, tem as cidades ao redor Batatais, Brodoski, por onde Federico tem andando
desde o século passado.
Carol - mas como
ele tem dando tanto por aqui e nós nunca o conhecemos?
Mônica -
é aí que está o mistério. Federico usa os seus disfarces, uma hora é Bracutaia
outra hora lobisomem, ninguém sabe ao certo a hora que é ele mesmo. Agora deu
pra se disfarçar de marciano.
Alê - mesmo assim,
se ele tem andado tanto por aqui como nunca o vimos?
Juliana - Ouvi
dizer que certa vez ele invadiu a casa amarela recitando 20 Poemas Com Gosto de
JardiNÓpolis. E dizem ainda, segundo uma Adalgisa, que o gosto era de
Jabuticaba que ele teria furtado da chácara da família Pereira Lima.
Mônica -
Essa passagem Ricardo Lima publicou nos seus Vestígios no Jornal da Cidade.
Carol -
Recentemente dizem até que Federico Baudelaire esteve no Baruk. Mas não acho
possível porque na referida noite eu estava lá e não vi.
Alê -Mas
a Mônica já disse, esse é o mistério, ele está onde não podemos saber da sua
presença. E aí exatamente nunca iremos saber quem é Federico Baudelaire
Juliana
- eu só sei que é um autor de ficção científica.
Mônica - E agora
está com esse livro provando que vai haver uma Invasão Cibernética
Carol - Mas pelo
que li ele não diz que a invasão vai ser em Jardel ou em Marte.
Alê - aí é que está
o x da questão, porque como o disco -voador foi construído por Newton Reis,
para levar as almas para lá. Ele pode está fazendo o contrário, trazendo as
almas para cá ao invés de levar.
Juliana - tudo é
possível porque nem nós mesmo não conseguir decifrar se é o vento que está
movendo o disco-voador.
Mônica -
mas se quando o vento vem da porta do cemitério, o disco-voador se move para o
outro lado, não pode ser o vento que o movimenta
Carol - mas nem
sempre é assim. Tem algumas vezes que ele se move na direção do vento
Alê - mas aí pode
ser a tal das coincidências do Teatro do Absurdo
Juliana - Absurdo
ou não é que agora nem sabemos se Jardel está em Marte ou Marte está em Jardel
Mônica - mas isso é
o de menos, nem importa, o importante é saber que JardiNÓpolis agora vai estar
na boca do povo, muito além das nossas fronteiras
Carol - mas já não
bastava ter ficado famosa pelo roubo dos defuntos para serem enterrados em
Orlândia?
Alê - mas isso tem
tanto tempo, o povo nem se lembra mais, porque povo não tem memória, esquece os
fatos na primeira esquina, é só dobrar a próxima rua.
Juliana - Mas esta
história ninguém prova né Alê? apesar de Dias Gomes ter usado o fato na trama
do Bem Amado
Mônica -
tem prova sim, porque tem registro no cartório central da quantidade de
defuntos que foram furtados. Elias chegou a investigar e numa das edições do
jornal da cidade ele publicou, foram 68.
Carol - Nossa por
um triz não são 69!
Alê - Mas só não
chegou aos 69 porque o corpo do próprio prefeito não foi roubado, e com ele foi
inaugurado o cemitério.
Juliana - Depois
vocês ainda perguntam porque Jardel inspirou uma peça de teatro. E ainda nem
falamos do chafariz subterrâneo.
Mônica - pois é,
mas essa façanha do Newton, na abertura de um filme do Guilherme Almeida Prado
Carol - E se o
disco-voador trouxer o Newton Reis de volta?
Alê - há uma grande
possibilidade..
Fulinaíma MultiProjetos
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