quarta-feira, 6 de abril de 2022

Teatro MultiLinguagens

 


Teatro MultiLinguagens
cena onde 4 mulheres Jardinopolenses discutem a razão da sua cidade inspirar uma peça de Teatro

Alê - Eu poderia imaginar tudo, pensar tudo, mas nunca pensei que JardiNòpolis pudesse inspirar alguém a escrever uma peça de teatro sobre ela.


Alê - Eu poderia imaginar tudo, pensar tudo, mas nunca pensei que JardiNòpolis pudesse inspirar alguém a escrever uma peça de teatro sobre ela.

Mônica
- mas motivos tem de sobre né Alê?, só as peripécias de Newton Reis já seria motivo para uma grande trama teatral, fora aquele crucifixo de tacos na parede do bar do Chico.


Juliana
- nunca vi, mas dizem que era para esconder a maconha que fica ali atrás, da fiação desencapada, por isso a polícia nunca teve coragem de meter a mão para investigar.

Carol - Piada! o Chico era maluco, mas nem tanto.

Alê - mas foi lá que Newton Reis contou para Federico Baudelaire  e Ricardo Lima, o porque da construção do disco voador

Mônica - Bebendo cachaça, comendo lingüiça e lendo Augusto dos Anjos. Elias Jabur, mesmo sendo o grande opositor de Newton Reis na cidade, o admirava por essas esquisitices.

Juliana - Mas quem diria que isto um dia estaria em alguma pela de Teatro

Carol
- mas quem conhece, pelo menos um pouco e já leu Federico Baudelaire, não se surpreende

Alê - mas eu nunca li

Mônica - por isso a sua surpresa

Juliana - e além do mais, tem as cidades ao redor Batatais, Brodoski, por onde Federico tem andando desde o século passado.

Carol - mas como ele tem dando tanto por aqui e nós nunca o conhecemos?

Mônica
- é aí que está o mistério. Federico usa os seus disfarces, uma hora é Bracutaia outra hora lobisomem, ninguém sabe ao certo a hora que é ele mesmo. Agora deu pra se disfarçar de marciano.

Alê - mesmo assim, se ele tem andado tanto por aqui como nunca o vimos?

Juliana - Ouvi dizer que certa vez ele invadiu a casa amarela recitando 20 Poemas Com Gosto de JardiNÓpolis. E dizem ainda, segundo uma Adalgisa, que o gosto era de Jabuticaba que ele teria furtado da chácara da família Pereira Lima.

Mônica
- Essa passagem Ricardo Lima publicou nos seus Vestígios no Jornal da Cidade.

Carol - Recentemente dizem até que Federico Baudelaire esteve no Baruk. Mas não acho possível porque na referida noite eu estava lá e não vi.

Alê
-Mas a Mônica já disse, esse é o mistério, ele está onde não podemos saber da sua presença. E aí exatamente nunca iremos saber quem é Federico Baudelaire

Juliana
- eu só sei que é um autor de ficção científica.

Mônica - E agora está com esse livro provando que vai haver uma Invasão Cibernética

Carol - Mas pelo que li ele não diz que a invasão vai ser em Jardel ou em Marte.

Alê - aí é que está o x da questão, porque como o disco -voador foi construído por Newton Reis, para levar as almas para lá. Ele pode está fazendo o contrário, trazendo as almas para cá ao invés de levar.

Juliana - tudo é possível porque nem nós mesmo não conseguir decifrar se é o vento que está movendo o disco-voador.

Mônica
- mas se quando o vento vem da porta do cemitério, o disco-voador se move para o outro lado, não pode ser o vento que o movimenta

Carol - mas nem sempre é assim. Tem algumas vezes que ele se move na direção do vento

Alê - mas aí pode ser a tal das coincidências do Teatro do Absurdo

Juliana - Absurdo ou não é que agora nem sabemos se Jardel está em Marte ou Marte está em Jardel

Mônica - mas isso é o de menos, nem importa, o importante é saber que JardiNÓpolis agora vai estar na boca do povo, muito além das nossas fronteiras

Carol - mas já não bastava ter ficado famosa pelo roubo dos defuntos para serem enterrados em Orlândia?

Alê - mas isso tem tanto tempo, o povo nem se lembra mais, porque povo não tem memória, esquece os fatos na primeira esquina, é só dobrar a próxima rua.

Juliana - Mas esta história ninguém prova né Alê? apesar de Dias Gomes ter usado o fato na trama do Bem Amado

Mônica
- tem prova sim, porque tem registro no cartório central da quantidade de defuntos que foram furtados. Elias chegou a investigar e numa das edições do jornal da cidade ele publicou, foram 68.

Carol - Nossa por um triz não são 69!

Alê - Mas só não chegou aos 69 porque o corpo do próprio prefeito não foi roubado, e com ele foi inaugurado o cemitério.

Juliana - Depois vocês ainda perguntam porque Jardel inspirou uma peça de teatro. E ainda nem falamos do chafariz subterrâneo.

Mônica - pois é, mas essa façanha do Newton, na abertura de um filme do Guilherme Almeida Prado

Carol - E se o disco-voador trouxer o Newton Reis de volta?

Alê - há uma grande possibilidade..


 Exercício Cênico criado durante o Curso de  Teatro MultiLinguagens realizado no Sinasefe

em Campos com Direção de Artur Gomes




Fulinaíma MultiProjetos

www.centrodeartefulinaima.blogspot.com

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