Onde está Macunaíma?
no poema na metáfora
no palco no livro
na tela do cinema
no Acre na Amazônia
em Minas Bahia Pernambuco
Pará Sergipe Piauí
Rio de Janeiro Espírito Santo
Macuaíma está em todo canto
Paraná Santa Catarina
até nas mais remotas
matas virgens do Xingu
ou nas águas frias
do Rio Grande do Sul
ou nas termas quentes
do Rio Grande do Norte
Macunaíma vento forte
se misturou nas maravilhas
e também nas sutilezas
divina preguiça da beleza
das terras do bem virá
comeu o pão que o diabo amassou
quando se transmutou por São Paulo
no trampo do caos urbano
quase desapareceu do país
mas como um bom feiticeiro
seu pai não se enganou
te fez tornar-se encantado
para que o povo então entendesse
as profundezas do teu significado
Terra,
antes que alguém morra
escrevo prevendo a morte
arriscando a vida
antes que seja tarde
e que a língua da minha boa
não cubra mais tua ferida
Artur Gomes
dos livros : Suor & Cio (1985)
e Pátria A( r)mada - 2022
Federico Baudelaire - de onde estou em Itabira eu te pergunto Nilson Siqueira por onde andará Macunaíma? Eva Seiberlich não soube me responder se subiu serra do pacaraima ou beijou a pedra de muiraquitã, Cy a rainha mãe mato continua desfilando na Portela – Paulo Victor que esteve por algum tempo incorporando Macunaíma escafedeu-se tomou chá de sumiço com medo de Piamã com o seu descompromisso - preguiça só quem pode ter mesmo é o próprio Macunaíma. Já dizia Mário de Andrade em, seus delírios febris.
Ainda na Estrada frustrado por passar em Iriri e não encontrar a minha amada. Por onde andará Irina? que não é Macunaíma e só de sacanagem ou até sagaranagem, Rúbia me informa o paradeiro errado da minha andorinha azul, ela deve ter ido pro norte mas querubim me diz que foi pro sul, desfilar de porta/bandeira sem ensaio na mocidade independente de padre olivácio, no festival de Blumenau, aceitando o convite do Pastor de Andrade o aliciador de ovelhas desencantadas. Só me resta conferir com Federika se ela foi mesmo para Blumenau ou foi se instalar em Vila Rica, depois de passar pelas praças de Bento.
Itabapoana Pedra Pássaro Poema
era uma vez um mangue
e por onde andará Macunaíma
(Ainda estou aqui)
na sua carne no seu sangue
na medula no seu osso
será que ainda existe
algum vestígio de Macunaíma
na veia do seu pescoço?
tá no canto da sereia
no rabo da arraia
nos barracos da favela
nos becos do matadouro
na usina sapucaia?
na teoria dos mistérios
dos impérios dos passados
nas covas dos cemitérios
desse brasil desossado?
macunaíma não me engana
bebeu água do paraíba
nos porões dos satanazes
está nos corpos incinerados
na usina de cambaíba
em campos dos goytacazes
macunaíma não me engana
está nas carcaças desovadas
na praia de manguinhos em
são francisco do itabapoana
Joilson Bessa me disse
Kapiducéu já ensaia
Macunaíma vem vindo
no Auto do Boi Macutraia
Artur Gomes
poema do livro
Itabapona Pedra Pássaro Poema
Litteralux – 2025
V(l)er mais no blog
https://coletivomacunaimadecultura.blogspot.com/
quinzenalmente às segundas Por Onde Andará Macunaíma está na coluna que assino no canal ArteCult.com
A Biografia de Um Poeta Absurdo
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