TEATRO
- Gêneros
Tragédia
Peça dramática de enredo sério que promove uma
catarse, ou purgação no espectador ao assistir a luta dos personagens contra
poderes muito mais altos e mais fortes, que em geral os levam à capitulação e à
morte. A derrota das aspirações do herói trágico, muitas vezes, é atribuída à
intervenção do destino ou aos seus defeitos morais e vícios que concorrem para
o seu fim adverso. Atualmente não se encontram mais tragédias, no sentido
antigo, e sim dramas com final infeliz.
Na clássica tragédia grega, os personagens lutam
contra o Destino, uma força que domina igualmente as ações dos homens e dos
deuses.
No início, as tragédias faziam parte das festas em
homenagem ao deus Dionísio (ou Baco), nas quais era comemorando o retorno da
primavera e a fertilidade dos campos. A própria palavra tragédia mostra essa
ligação entre o teatro e os ritos populares religiosos: Tragédia deriva de
tragós, que em grego significa bode, animal muito usado nos sacrifícios dos
festivais dionisíacos.
No século VII a.C., a tragédia foi sendo
sofisticada e aprimorada até tornar-se um gênero autônomo distante de sua
origem nas festividades religiosas.
A tragédia pode ser considerada também a
representação da fragilidade do homem perante os deuses.
Segundo a poética realizada por Aristóteles, as
tragédias se dividem em 3 partes:
- Unidade de tempo;
- Unidade de espaço;
- Unidade de ação.
E ainda possuem as seguintes características:
* exposição: apresentação dos personagens e da
estória.
* conflito: oposição e/ou luta entre diferentes
forças.
* peripécia: reviravolta.
* revelação.
* catástrofe: conclusão, acontecimento principal
decisivo e culminante.
* catarse: purgação, purificação, que acontece
geralmente no final. (MAIS!)
Comédia(s)
A comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Uma
comédia é uma peça humorística na qual os atores dominam a ação. A comédia pura
é o mais raro de todos os tipos de drama. Na comédia a ação precisa não somente
ser possível e plausível, mas precisa ser um resultado necessário da natureza
do personagem. De forma geral, "comédia" é o que é engraçado, o que
faz rir. (MAIS!)
Comédia Atelana: No antigo teatro romano, peça no
gênero da farsa, curta, caracterizada pelas sátiras político-sociais da antiga
cidade de Atela, e na qual os atores eram mascarados e personificavam tipos
fixos.
Comédia De Caráter: Aquela que a ação se define
pelas atitudes peculiares as diferentes personagens.
Comédia De Costumes: Reflete os usos e costumes,
idéias e sentimentos de determinada sociedade, classe ou profissão. Martins
Pena foi o grande percussor da comédia de costumes.
Comédia Dell’Arte: Floresceu na Europa durante o
século XVII e sua ação de gestos estereotipados é sempre improvisada, embora os
enredos e os personagens sejam fixos; alguns deles usavam máscaras, e
permanecem até hoje como tipos característicos de carnaval.
A Commedia Dell’Arte tornou regra no elenco a
presença da atriz, afastada em muitas épocas do palco, por ancestral
preconceito.
Os atores usavam máscaras devolvendo essa comédia
aos rituais religiosos, com a despersonalização do indivíduo, para que ele
participe dos mistérios sagrados e se preocupavam com a preparação corporal
acrobática/coreográfica, vocal e mímica. Os roteiros eram muito ricos, apresentavam
sempre um grande número de personagens, mas os tipos eram fixos e representados
pelos mesmos atores.
Havia o célebre personagem Arlechino e também
Colombina, Pantaleone, Brighela, Dottore, Capitano, etc... (MAIS!)
Comédia Moral: Comédia de costumes que encerra
princípios éticos.
Tragicomédia
Definimos o que é comédia com suas diferentes
"classificações" e o que é tragédia. Mas é possível um casamento
perfeito entre dois gêneros tão distintos?
Basicamente, a Tragicomédia é um drama onde se
associam elementos trágicos e cômicos. Como era de se imaginar, é a mistura do
trágico com o cômico.
Segundo o dicionário Aurélio, trata-se de uma peça
teatral que participa da tragédia pelo assunto e personagens, e da comédia
pelos incidentes e desenlace.
Originalmente, significava a mistura do real com o
imaginário. A tomada da vida cotidiana e absurda com um toque especial de
comédia, de forma a descontrair; deixando-a verdadeira e engraçada. Usam-se
temas como violência, morte, roubos, dentre outros e a estes é dado o humor.
Hoje em dia, é utilizado com frequência em peças
teatrais e filmes.
Respondendo assim a pergunta feita no início: Sim,
é possível e perfeitamente! A tragicomédia é um ponto forte no qual o teatro
conquista grande sucesso e expansão.
Farsa ou Farsesco
O Farsesco ou Farsa é um gênero dramático
predominantemente baixo cômico, de ação trivial, com tendência para o burlesco
(cômico; ridículo). Inspira-se no cotidiano e no cenário familiar e é o mais
irresponsável de todos os tipos de drama.
Caracteriza-se por seus personagens e situações
caricatas. Se distingue da comédia e da sátira por não preocupar-se com a
verossimilhança nem pretender o questionamento de valores. Busca apenas o humor
e, para isso, vale-se de todos os recursos; assuntos introduzidos rapidamente,
evitando-se qualquer interrupção no fio da ação ou análises psicológicas mais
profundas; ações exageradas e situações inverossímeis.
Sua estrutura e trama são baseadas em situações em
que as personagens se comportam de maneira extravagante, ainda que pelo geral
mantêm uma quota de credibilidade. Seus temas e personagens podem ser
fantásticos, mas podem ser críveis e verossímios.
Embora existam elementos farsescos nas comédias de
Aristófanes e Plauto, a farsa originou-se nos mimos medievais. Recorre a
estereótipos (a alcoviteira, o amante, o pai feroz, a donzela ingênua) ou
situações conhecidas (o amante no armário, gêmeos trocados, reconhecimentos
inesperados).
Surgiu em meados do Século XII com o Teatro
Medieval e suas divisões: o Teatro Sacro (tratava de milagres, autos,
moralidades e mistérios) e o Teatro Profano (Farsas). Nas representações
profanas usavam-se as "farsas", os "arremedos burlescos",
que tinham o objetivo de arrancar gargalhadas do público.
No Renascimento, autores dedicaram-se ao gênero,
entre eles Gil Vicente com a trilogia satírica das Barcas - o "Auto da
Barca do Inferno" (1516), "Auto da Barca do Purgatório" (1518) e
"Auto da Barca da Glória" (1519) - misturando elementos alegóricos
religiosos e místicos.
Drama
É representado em tom mais coloquial que a
tragédia e ter episódios levemente cômicos, entremeados de cenas sérias. O
drama pode ser declamado, declamado com intervenções cantadas ou totalmente
cantado.
O Drama é usado como gênero de personalização em
filmes, cinema, telenovelas, teatro e qualquer representação de personagem.
O chamado Drama Social é uma nova linha de
tragédia em que as forças do destino se materializavam como força de convenções
sociais sobre o indivíduo, principalmente na injustiça sócio-econômica. Pode
ser entendido como uma forma séria de espetáculo, performance ou filme que não
chega a ser uma tragédia.
O conflito inerente ao drama é a disputa que
permite ao espectador tomar partido e se interessar pela representação no
palco. O herói grego luta com o sobre-humano, o herói do drama elisabetano luta
contra si mesmo, e o herói do Drama Social luta contra o mundo.
Melodrama
O termo Melodrama origina-se do francês mélodrame,
que pela análise etimológica: melos (grego) que significa som, e drame (latim
antigo) que significa drama.
Sua característica é intensificar as virtudes e
vícios das personagens, sejam protagonistas ou antagonistas, enfatizando
artificialmente suas características já que o objetivo maior deste gênero é
impressionar e comover o espectador, com a semelhança com a realidade. Existe
um grande maniqueismo, os personagens, ou são muito bons ou então são
extremamente maus. O bem e o mal estão sempre em luta, e o bem, depois de muito
sofrimento, lutas e peripécias, acaba vencendo o mal.
Possui significados contraditórios e é aplicado
com diferentes significados e ocorrências variadas ou em distintas, algumas
vezes refere-se a um efeito utilizado numa obra, outras como estilo da obra e
outras como gênero.
O melodrama teatral surgiu oficialmente como
gênero em 1800 com a obra Coeline de René-Charles Guilbert de Pixérécourt e
teve como principais representantes o inglês Thomas Holcroft seu introdutor na
Gran Bretanha, o alemão August Friederich Von Kotzebue e o irlandês Dionysius
Lardner Boursiquot ou Dion Boucicault.Ao final do século XIX, novas propostas
estéticas surgiam, entre elas o naturalismo, negando assim muitas das formas
super utilizadas de interpretação do melodrama, que foram consideradas
anti-naturais. Logo o termo melodrama se tornou sinônimo de uma interpretação
exagerada, anti-natural, assim como de efeitos de apelo fácil à platéia.
Auto
Do latim actu = ação, ato. Trata-se de um gênero
cuja finalidade é tanto divertir quanto instruir com seus temas que podem ser
religiosos ou profanos, sérios ou cômicos, no entanto devem possuir sentido
moralizador.
Tem sua origem na Idade Média, na Espanha, por
volta do século XII. Mas foi no século XVI, que o português Gil Vicente que a
expressão deste gênero dramático realmente despontou.
O auto era escrito em redondilhos (versos de sete
sílabas) e visava satirizar pessoas. Não possui uma estrutura definida, então
para facilitar sua leitura divide-se o auto em cenas da maneira clássica, a
cada vez que uma nova personagem entra em cena.
Pantomima
Pantomima, Mímica ou Mimodrama: Peça de qualquer
gênero que o(s) ator(es) se manifesta(m) apenas e simplesmente por gestos,
expressões corporais ou fisionômicas, prescindindo da palavra e da música, que
pode ser, também, sugerida por meio de movimentos; mímica.
Resumindo, é um espetáculo teatral sem palavras,
em que os artistas comunicam seus pensamentos e sentimentos através da dança,
da expressão facial e corporal. É a arte de narrar com o corpo.
Com este gênero, os pantomímicos precisam buscar a
forma perfeita, a estética da linha do corpo, pois através do gesto tudo será
dito, uma boa pantomima está na habilidade adquirida pelo pantomímico em se
transformar durante a interpretação, passando para a platéia as mensagens que se
fizerem necessárias, pelos gestos.
É uma das artes que exige o máximo do artista para
que este receba o máximo de retorno do público, ou seja, a atenção da platéia
para que a mensagem seja passada devidamente.
Teatro do Absurdo
Criado na segunda metade do século XX, o Teatro do
Absurdo procurava representar no palco a crise social que a humanidade vivia.
Gênero moderno que utiliza elementos chocantes e
ilógicos na composição do enredo, personagens e diálogos, com o objetivo de reproduzir
o desatino e a falta de soluções que faz parte da vida do homem e da sociedade.
Os seus representantes mais importantes são Eugène
Ionesco, Samuel Beckett, Harold Pinter, Arthur Adamov, G. Schahadé, Antonin
Artaud, J. Audiberti e J. Tardieu, Fernando Arrabal, Günther Grass e
Hildersheimer e no Brasil, destaca-se José Joaquim de Campos Leão, mais
conhecido como Qorpo Santo.
A inspiração dos dramas absurdos era a burguesia
ocidental, que, segundo teóricos, distanciava-se do mundo real, com suas fantasias
e ceticismo em relação às conseqüências desastrosas que causava ao resto da
sociedade.
Ópera
Trata-se de um drama encenado com música, que é
apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, como cenografia,
figurinos e etc. Porém, a letra da ópera (libreto) é cantada e não falada como
normalmente em uma peça teatral. O termo Ópera surgiu de opus (latim =
"obra"). Possui diferentes tipos e/ou formas específicos como, a
Ópera-balada, Ópera Cômica ou Buffa, Ópera de Pequim, e a Opereta.
A “Ópera-balada” (Francesa) é um tipo de ópera que
utiliza diálogos falados, intercalando com músicas inspiradas, geralmente, em
temas populares. A sua maior característica é sua formação com grande número de
interpretes que dominam a linguagem da música/canto e do teatro/interpretação,
são na maioria das vezes atores-cantores.
Ópera Cômica ou Ópera-Buffa (Italiana) possui
maior quantidade de diálogos falados e seu conteúdo e o resumo da encenação é
repleto de comicidade.
O Ching Hsi também conhecido como Ópera de Pequim,
que mescla as diferentes linguagens cênicas, como dança, música, teatro,
acrobacia e os demais artifícios cênicos que venha enfatizar a interpretação e
o uso da voz, utilizando a técnica do falsete para cantar e falar.
Opereta é uma ópera pequena. Contém mais diálogos
narrados do que músicas e é vista por muitos como uma obra de menor seriedade,
por sua característica de tratar de temas frívolos e comuns do dia-a-dia das
pessoas. Porém seus cantores treinam a ópera de forma clássica.
Musical
Gênero em que a narrativa é constituída por um
combinado de músicas coreografadas e diálogos falados.
Musical é o termo utilizado para definir a união
do teatro com a música. Pode se confundir com a ópera ou o cabaré, visto que os
três apresentam estilos diferentes, porém as linhas que os delimitam são
difíceis de definir. Em sua maioria, possuem roteiros quase que completamente
cantados sendo raras as partes em que há diálogo entre os personagens e uma
orquestra ou banda ao fundo criando a trilha sonora para fundir a cantoria à
atuação.
Os três componentes essenciais de um espetáculo
musical, são: a música, a interpretação e o enredo. A música e a letra são o
propósito do musical; o enredo refere-se à parte dramática do espetáculo e a
interpretação relaciona as performances de dança, encenação e canto.
Com cerca de vinte a trinta canções, podem durar
desde uns poucos minutos à várias horas. Os mais populares, duram de duas horas
à duas horas e quarenta e cinco minutos e atualmente, são geralmente apresentados
com intervalos de quinze minutos entre os atos.
Teatro de Bonecos
Teatro de Bonecos (Marionetes, Fantoches, Teatro
de Animação ou ainda Teatro Lambe-Lambe) é a representação teatral feita com
bonecos de manipulação, em especial aqueles onde o palco, cortinas, cenários e
demais elementos próprios são construídos especialmente para a apresentação.
Acredita-se que o Teatro de Bonecos talvez seja
mais velho do que o próprio teatro com atores de verdade. Tendo sua origem na
mais remota antiguidade, com o passar do tempo os homens começaram a modelar
bonecos de barro, inicialmente sem articulações. Na Grécia antiga, os bonecos
possuíam conotações religiosas. O Império romano assimilou da cultura grega o
Teatro de Bonecos, que rapidamente se espalhou pela Europa. Na idade média, os
bonecos eram utilizados em doutrinações religiosas e apresentados em feiras
populares. Depois da primeira guerra, as marionetes foram difundidas pelo mundo.
Os bonecos se apresentam de diferentes formas.
Podem ser pendurados por fios ou cordões quase invisíveis, com o manipulador
dando à vida aos personagens movimentando uma cruzeta na qual estão amarrados
os fios, onde cada um deles é responsável pelo movimento de um dos membros do
boneco ou então podem ser colocados na mão como luvas.
Chegou ao nordeste do Brasil como forma de
manifestação popular e se propagou por todo o país através de artistas
mambembes. Essa forma de teatro é chamada de Mamulengo, na qual os bonecos
representam personagens do nosso folclore.
Teatro de Revista
Gênero em que os atos são divididos em quadros
mais ou menos independentes, ainda que ligados uns aos outros por um tema
comum, geralmente alegre e crítico, tudo em meio a exibições de beleza de
atrizes e cenários, ao som de músicas igualmente alegres, especialmente
compostas.
O Teatro de Revista pretendia agradar os
diferentes segmentos da sociedade. É um gênero teatral importante na história
das artes cênicas, com seu auge no século XX em Portugal, que tinha como
principais características números musicais, apelo à sensualidade e à comédia
leve com críticas sociais e políticas destacando-se com o texto em verso e a
presença da opereta, da comédia musicada, das representações folclóricas e da
dança. Recorre também ao modelo francês de enredo frágil servindo como elo
entre quadros que marcam a estrutura fragmentária do gênero.
O Teatro de Revista tornou-se um gênero popular no
Brasil a partir do final do século XIX. Aqui, o também chamado simplesmente por
Revista, foi responsável pela revelação de diversos talentos no cenário
cultural, como Carmem Miranda e sua irmã Aurora, as chamadas vedetes de imenso
sucesso como Wilza Carla, Dercy Gonçalves e Elvira Pagã. Já na variante
conhecida como Teatro Rebolado, compositores como Dorival Caymmi, Assis Valente
e Noel Rosa.
O Gênero é marcado por três fases marcantes no
Brasil:
- A primeira fase do gênero é marcada pela
valorização do texto em relação à encenação, e pela crítica de costumes
composta por versos e personagens alegóricos.
- A segunda fase é movida pelos grandes nomes que
levam o público ao teatro. É a fase em que o gênero se equilibra entre quadros
cômicos e de crítica política, e os números musicais e de fantasia.
- Já a terceira fase marca o ponto onde, aos
poucos, a revista começa a apelar para o escracho, para o nu explícito, em
detrimento de um de seus alicerces: a comédia. E é dessa maneira que entra em
seu período de decadência, desaparecendo quase que completamente nos anos 60.
Teatro de Rua
Gênero de teatro popular apresentado em praças, ruas,
avenidas e lugares públicos em geral, ao ar livre, em rodas de espectadores ao
nível do chão ou em plataformas, caminhões, praticáveis, etc. com recursos
técnicos precários, ou inexistentes.
Teatro de Sombras
Espetáculo teatral em que a ação dramática é
mostrada ou sugerida pelas sombras dos atores, projetadas de fora sobre uma
tela translúcida. Também tem o nome de: teatro de silhuetas.
Surgindo na Pré-História, por volta de 5.000 a.C.,
quando os homens se encantavam com sombras movendo-se nas paredes das cavernas,
o Teatro de Sombras trata-se de uma representação em uma tela branca com um
foco de luz aceso contrariamente projetando sombras de silhuetas de figuras
humanas, animais, ou objetos, recortadas em papel ou formadas com determinadas
posições das mãos reportando-nos ao mundo mágico das histórias de faz de conta.
Uma lenda chinesa diz que “no ano 121, o imperador
Wu Ti, da dinastia Han, desesperado com a morte de sua bailarina favorita,
ordenou ao mago da corte que a trouxesse de volta do "Reino das
Sombras", caso contrário, seria decapitado.
O mago usando a imaginação com uma pele de peixe
macia e transparente, fez a silhueta de uma bailarina. Com tudo preparado, o
mago ordenou que no jardim do palácio, fosse armada uma cortina branca contra a
luz do sol e que esta deixasse transparecer essa luz.
Houve uma apresentação para o imperador e sua
corte. Esta apresentação foi acompanhada de um som de uma flauta que "fez
surgir a sombra de uma bailarina movimentando-se com leveza e
graciosidade". Neste momento, teria surgido o teatro de sombras.
Noh
Noh, Nō, Nô ou Nou é a forma clássica de teatro japonês
combinando canto, pantomima, música e poesia, sendo interpretado apenas por
atores, que passam sua arte pela tradição familiar. Seu universo é habitado por
deuses, guerreiros e mulheres enlouquecidas, às voltas com os mistérios do
espírito. Os espetáculos Noh ocorrem num palco bastante despojado, feito de
hinoki liso (cipreste japonês). O cenário é constituído apenas pelo kagami-ita,
(pinheiro pintado, no fundo do palco) por sua interpretação que se refere aos
rituais xintoístas, pelos quais os deuses descem à Terra por este meio.
Kabuki
O Teatro Kabuki, é um gênero de teatro japonês,
conhecido pela estilização do drama e por suas elaboradas maquiagens e seu
principal tema é o conflito entre a humanidade e o sistema feudal.
A única característica do Kabuki, e talvez a mais
significativa na conservação do invulgar espírito Kabuki é o fato de que não
utiliza atrizes em cena. Todos os papéis femininos são representados por
elementos masculinos conhecidos como onnagata. (MAIS!)
Butô
Traduzindo-se o termo Butoh, "bu"
significa dança e "toh" significa passo.
Concebido inicialmente como “Ankoku Butoh”, ou
“Dança das Trevas”, ele surge no final dos anos 50, num Japão recém-humilhado
pela rendição na Segunda Grande Guerra. (MAIS!)
Stand-up Comedy
É uma expressão em língua inglesa que indica um
espetáculo de humor executado por apenas um comediante. O humorista se
apresenta geralmente em pé (daí o termo 'stand up'), e na ausência da quarta
parede.
Também conhecida como humor de cara limpa, a
comédia stand-up privilegia o artista munido apenas do microfone, sem personagem,
fantasia ou acessórios. O humorista stand up não conta piadas conhecidas do
público (anedotas). É normal que se prepare números com texto original,
construído a partir de observações do dia-a-dia e do cotidiano.
O gênero do "one man show" que é
semelhante, mas permite outras abordagens (interpretação de personagens,
músicas, cenas) foi introduzido no Brasil por José Vasconcelos, na década de
70. Aproximando-se mais ainda do estilo americano, Chico Anysio e Jô Soares
mantiveram o gênero - principalmente em seus shows ao vivo, e geralmente, na
abertura de seus programas - se aproximando da comédia stand up como vemos hoje.
Clown
Clown é a palavra inglesa para palhaço, porém no
teatro não refere-se àquele modelo clássico de palhaço que vemos em circo. Um
clown no teatro é basicamente: o próprio ator de forma "exagerada".
Ou seja: se determinado ator se acha gordo, por
exemplo, ele vai usar justamente essa característica para exagerar a própria
imagem e personalidade.
Além disso, o clown tem alguns fatores de
interpretação únicos que assemelham-se às peripécias de um palhaço comum feitas
de forma mais teatral.
Complemento de estudo Livro "O Elogio da
Bobagem"
sexta-feira, 1 de abril de 2022
Teatro - Gêneros
Fulinaíma MultiProjetos
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